Conhecendo a Personalidade de Deus

Se você ouvisse o Criador do Universo dizer a seu respeito: “Este é meu amigo” como se sentiria? Afinal, somos meramente humanos e pequenos para ter amizade com o Deus Todo-poderoso. Mas a Bíblia nos garante que isso é possível.

O patriarca Abraão foi chamado por Deus “meu amigo” (Isa. 41:8) e foi recompensado com esse relacionamento porque “ depositou fé em Jeová Deus” (Tia. 2:23). Também, hoje, Ele busca oportunidades de “se afeiçoar” aos que o servem por amor (Deut. 10:15). “Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós”. (Tg. 4:8). Estas palavras são tanto um convite como uma promessa.

Ele nos convida a nos achegarmos a Ele, e promete que, se dermos os passos nesse sentido, Ele fará o mesmo: Se achegará a nós, e poderemos ter algo muito precioso: “intimidade com Deus” (Salmo 25:14). E intimidade nos dá a ideia de conversa confidencial com um amigo especial. Tem um amigo bem achegado em quem pode confiar? Um amigo assim que se importa com você e em quem confia pois provou ser leal. Partilhar suas alegrias com ele deixa você ainda mais feliz. Quando está triste e precisa desabafar ele o ouve com empatia, e mesmo quando ninguém mais parece entender você, ele entende. Quando nos achegamos a Deus, ganhamos um amigo especial que realmente nos valoriza, que se importa profundamente conosco e nos entende plenamente (Sl. 103:14; I Pe. 5:7). Podemos ter a mais profunda confiança nEle, sabendo que Deus é leal aos que lhe são leais (Sl. 18:25). Ele mesmo, por seu amor tornou possível essa privilegiada intimidade.

Como pecadores jamais poderíamos nos achegar a Deus sem ajuda (Sl. 5:4), mas como o apóstolo Paulo escreveu que Deus nos recomenda seu próprio amor, por Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rom. 5:8). A alma de Cristo foi dada como resgate em troca de muitos (Mt. 20:28). E nossa fé nesse sacrifício de resgate possibilita nos achegarmos a Deus. Visto que Ele nos “amou primeiro”, lançou a base para entrarmos numa relação de amizade com Ele (1 Jo. 4:19). Deus deseja que o conheçamos conforme Is. 45:19. E a primeira coisa que quer que os humanos saibam é que Ele é “Santo”.

Isaías ficou pasmo quando recebeu uma visão da presença grandiosa de Deus (Is. 6:1,2). E ouviu um canto tão forte que estremecia os alicerces do templo. Os cantores eram serafins, criaturas espirituais de altíssimo posto. A poderosa melodia deles soava palavras de pura grandeza:  “Santo, santo, santo é Jeová o Senhor dos exércitos. A plenitude de toda a terra é sua glória.”  (Is. 6:3,4). A palavra “santo” repetida por três vezes conferiu-lhe ênfase especial e isso é bem apropriado, pois Ele é santo em grau superlativo (Apo. 4:8).

Deus não é arrogante ou presunçoso por essa santidade, pois odeia tais características (Pro.16:5; Tia.4:6). Mas o que significa “santo”? No hebraico bíblico esta palavra deriva de um termo que significa “separado”. Na adoração, se aplica ao que separado do uso comum, ou tido como sagrado. A santidade também tem forte conotação de limpeza e pureza. Isso não significa que Deus está separado de humanos imperfeitos, ou bem longe de nós. Como “Santo de Israel”, Ele disse que morava no meio de seu povo, embora esse fosse pecaminoso (Is. 12:6; Os. 11:9). Sua santidade não o torna distante. Mas está separado ou distinto, de toda a criação, no sentido de que somente Ele é o Altíssimo. Sua pureza é absoluta e infinita. (Sl. 40:5; 83:18). E também porque está inteiramente separado de toda pecaminosidade. Jamais será manchado pelo mais leve traço do pecado. Jamais se tornará corrupto, dissoluto ou abusivo. Sua santidade impede tais coisas. Algumas vezes jurou em nome de sua própria santidade, pois nada poderia ser mais digno de confiança (Amós 4:2). A santidade faz parte da natureza de Deus. Ao contrário do homem imperfeito, marcados pela imperfeição, que deixa vestígios em  tudo o que fazemos, Jeová Deus é Santo, e tudo a seu respeito é limpo, puro e correto. Só o conheceremos como Ele realmente é, se entendermos a palavra profunda  “santo”.

Quando nos apaixonamos pela pessoa que mais tarde se tornará nossa metade, a princípio nos sentimos atraídos pela beleza física, ou beleza interior. Mas, à medida em que sua personalidade, com o tempo, é revelada, aquela paixão pode se tornar um profundo amor. E então, passamos a confiar mais, abrir nossos segredos e declarar abertamente nosso amor por ela.

O Ministro de Louvor que não conhece realmente a Deus e não tem intimidade com Ele, vai repetir frases e versos que ouviu alguém dizer, sem realmente viver ou sentir. O louvor espontâneo irá fluir com mais facilidade quando nosso relacionamento com o Pai Celestial estiver mais estreitado. Para isso, vamos meditar nas quatro qualidades marcantes da personalidade de nosso Deus.

1 - Grande em Poder
Elias já havia visto coisas espantosas: corvos lhe trouxeram comida duas vezes por dia, enquanto vivia num esconderijo; dois recipientes supriram farinha e azeite sem nunca esvaziar durante uma fome prolongada; até mesmo fogo caiu do céu em resposta à sua oração. Mas Elias nunca havia visto nada como o que se segue.
Abrigado à entrada de uma caverna no monte Horebe, ele presenciou uma série de eventos espetaculares. Primeiro, um vento. Deve ter causado um barulho ensurdecedor, pois, de tão forte, rompia montes e destroçava rochedos. Depois, houve um terremoto que liberou forças tremendas confinadas na crosta terrestre. Em seguida, fogo. Enquanto esse ardia, Elias deve ter sentido o sopro de seu calor escaldante (1 Reis 19:8-12).
Todos esses eventos de naturezas diversas, presenciados por Elias, tiveram algo em comum – eram demonstrações do grande poder de Deus. Naturalmente, não é preciso ver um milagre para discernir que Deus tem essa qualidade. Ela é óbvia. A Bíblia diz que a criação é prova do “sempiterno poder e divindade” de Deus (Rm. 1:20). Pense nos clarões e estrondos de uma tempestade, o som de uma cachoeira, na estonteante vastidão de um céu estrelado! São manifestações do poder divino.

Ele é incomparável em poder. Em Jer.10:6 diz: “De modo algum há alguém igual à ti, ó Jeová Deus. Tu és grande e teu nome é grande em potência.” Note que "potência" ou "poder", está relacionada com o seu nome. Lembre-se de que esse nome significa “Ele Causa que Venha a Ser”. Somente Ele tem capacidade ilimitada  para agir, para cumprir a sua vontade. Esse poder é uma de suas qualidades essenciais. Jamais poderíamos entender a plenitude de seu poder, então Ele usa ilustrações para nos ajudar. O touro como símbolo de poder (Ez. 1:4-10). É apropriado pois o touro é uma criatura grande e poderosa. O povo da Palestina, nos tempos bíblicos, conhecia um tipo de touro, ainda mais temível – touro selvagem, hoje, extinto (Jó 39:9-12). O Imperador romano Julio César disse certa vez: “É grande a força deles, e é grande a sua velocidade”. Imagine-se perto de uma criatura dessas! Certamente se sentiria pequeno e fraco. Também, em comparação com o poder de Deus, os humanos não pequenos e fracos. Até mesmo as nações poderosas são como mera camada fina de pó numa balança (Is.40:15). Ele tem poder ilimitado e é chamado de o Todo-Poderoso (Ap.15:3). Fonte inesgotável de força e poder. Toda força pertence a Ele (Salmo 62:11).

Deus usa seu poder para criar, destruir, proteger e restaurar. Para fazer tudo o que se enquadra nos seu propósitos perfeitos (Is. 46:10). Em certos casos, Ele usa o poder para revelar aspectos importantes da sua personalidade, e acima de tudo para cumprir Sua vontade.  (2 Crôn. 16:9 a). Conforme meditamos no princípio, o Senhor fez demonstrações assombrosas de seu poder para Elias porque a perversa rainha Jezabel jurou matá-lo. O profeta estava fugindo para salvar sua vida e se sentia sozinho, assustado e desanimado; como se todo seu trabalho árduo tivesse sido em vão. Para consolar seu coração aflito, Deus o lembrou vividamente da grandeza do seu poder. O vento, o terremoto e o fogo indicavam que o Ser mais poderoso do Universo estava com ele, e não deveria temer a Jezabel, pois tinha o apoio do Todo-Poderoso (1 Reis 19:1-12).

Ele usa seu poder para guerrear em favor dos seus. Quase trezentas vezes nas Escrituras Hebraicas e duas vezes nas Escrituras Gregas Cristãs, Ele é chamado de “Senhor dos Exércitos” ou “Jeová dos Exércitos” (1 Sm. 1:11). Como Governante Soberano, Ele comanda um vasto exército de forças angelicais (Js. 5:13-15;  1 Re. 22:19). O potencial de destruição desse exército é assombroso (Is. 37:36). As guerras divinas são diferentes das guerras humanas que são sempre marcadas pela ganância e pelo egoísmo. Ele nunca age sem motivos, e não tem prazer em destruir seres humanos. (Ez. 18:23).

Poder de restauração: Assim como uma criança chora de tristeza por ter perdido ou quebrado seu brinquedo preferido, e quando o pai ou a mãe o encontra ou conserta, e o rosto da criança se ilumina com um sorriso admirada por ver algo que parecia perdido ter sido recuperado, também nosso Pai supremo tem o poder de recuperar ou restaurar o que seus filhos terrestres talvez encarem como perda irremediável. Nestes tempos críticos, difíceis de manejar, estamos falando, não de meros brinquedos, mas de perdas muito mais sérias (2 Tim. 3:1-5). Vejamos alguns dos grandiosos atos de restauração do nosso Deus.

A adoração pura - Para entendermos o que isso significa, examinemos brevemente a História do reino de Judá. Em 607 AC, a amada cidade dos Judeus fiéis foi destruída, suas muralhas derrubadas e o glorioso templo construído por Salomão, que era o único centro da adoração pura na terra, ficou em ruínas (Salmos 79:1). Os sobreviventes foram exilados para Babilônia, e a terra natal deles virou um desolado refúgio de animais selvagens (Jr. 9:11). Mas havia a promessa da terra repovoada e o templo reconstruído. Após 70 anos de cativeiro em Babilônia, os Judeus retornaram para Jerusalém e reconstruíram o templo ali. (Esdras 1:1, 2). Enquanto praticavam a adoração pura, o Senhor os abençoava e os protegia contra inimigos.
Assim como o conquistador persa Ciro libertou um restante de Judeus de Babilônia em 537 AC, Jesus libertou e está libertando um restante de “judeus espirituais”, seguidores de suas pisadas da influência de uma Babilônia moderna, suas práticas e costumes (Rm. 2:29). Deste tempo em diante a adoração pura voltou a ocupar o lugar correto na vida dos verdadeiros adoradores. (Ml. 3:1-5).
Os cristãos no primeiro século tiveram muitas bênçãos espirituais. Mas Jesus e seus apóstolos disseram que a adoração verdadeira seria corrompida e desapareceria (Mat. 13:24-30;  Atos 20:29,30). Depois da era apostólica surgiu a cristandade. Seu clero adotou ensinos e práticas pagãs. Além disso, tornou quase impossível achegar-se a Deus, retratando-o como uma  pessoa muito distante e de difícil compreensão, ensinando o povo a confessar pecados a sacerdotes, orar a Maria e a vários “santos”. Essa falsidade persistiu por vários séculos. Mas no meio do mundo atual, abarrotado de mentiras religiosas e poluído por práticas pecaminosas, Deus interveio e está restaurando a adoração pura, pois tem levantado pessoas que desejam aprender a Seu respeito, agradá-lo e oferecer-lhe suas vidas em adoração (Rm. 12.1, 2) e apesar de nossas imperfeições, Ele nos ajuda a desenvolver a “nova personalidade” através de seu Espírito Santo que em nós produz excelentes qualidades (Ef. 4:22-24; Gl. 5:22, 23).

“Tornai-vos imitadores de Deus” no uso do poder - Lembre-se que os humanos foram criados à  imagem de Deus e à Sua semelhança (Gn. 1:26, 27). De modo que temos certa medida de poder: o poder de criar e fazer coisas, de trabalhar, o controle ou a autoridade sobre outros; a habilidade de influenciar outros, em especial os que nos amam; a força física ou recursos materiais. Mas só o Senhor é a fonte de todo o poder (Sl. 36:9).
Ele quer que saibamos fazer bom uso do poder que nos é concedido, e o segredo é o amor. A bíblia diz que o amor é  “benigno” e  “não busca seus próprios interesses” (1 Cor. 13:4, 5). Assim, ele não nos deixará agir de modo duro ou cruel para com os que estão debaixo de nossa autoridade. Pelo contrário, trataremos os outros com dignidade e colocaremos suas necessidades e sentimentos à frente dos nossos. (Fil. 2:3, 4) Também o temor de Deus nos ajudará a lembrar que teremos de prestar contas a Ele pelo modo como  os tratamos. (Hb. 13:17; Ne. 5:1-7).

O temor de Deus envolve mais. Os termos para “temor”, nas línguas originais, muitas vezes se referem à profunda reverência a Deus e à admiração por Ele. Assim, a Bíblia associa o temor com o amor a Deus (Dt. 10:12, 13). Essa admiração reverente inclui o temor saudável de desagradar a Deus, não apenas porque temos medo das conseqüências, mas porque realmente o amamos.

2 – Ama a Justiça
A segunda qualidade marcante na personalidade do nosso Deus: Ele é justo. Todos os seus caminhos são justiça.
Mas o que é justiça? Do  ponto de vista humano, considera-se como justiça a mera aplicação imparcial das leis. Certo livro diz que “a justiça está relacionada com leis, obrigações, direitos e deveres, e confere suas decisões segundo a igualdade ou o mérito”. Mas a justiça de Jeová Deus não envolve apenas impor regulamentos de forma insensível, devido a um senso de dever ou obrigação. Sua justiça, ou Juízo, também significa “qualidade de ser direito ou justo”. Basicamente, não há distinção entre justiça ou Juízo (Amós 5:24).
Assim, quando a Bíblia diz que Deus é justo, quer dizer que Ele sempre faz o que é correto e direito, de modo imparcial (Rm. 2:11). Longe está Ele de agir injustamente (Jó 34:10)
O Deus que “ama a justiça e o juízo” observa tudo (Salmo 33:5).  Lembremos o exemplo de José:  Aos 17 anos foi traído pelos próprios irmãos, que quase o assassinaram. Foi vendido como escravo a um país estrangeiro. Resistiu às propostas imorais da esposa do seu dono que, sentindo-se rejeitada, forjou a acusação falsa  que o levou à prisão. Lamentavelmente,  parecia que ninguém ia  intervir a favor dele.
Mas o Deus que ama a justiça manobrou os eventos e fez com que se corrigisse a injustiça, de modo que José – que havia sido lançado numa masmorra – por fim fora libertado. E ainda mais, ele foi designado para um cargo de grande responsabilidade e extraordinária honra. (Gn. 40:15; 41:41-43). Com o tempo, a inocência de José ficou provada e ele usou sua posição de destaque a favor dos propósitos de Deus (Gn. 45:5-8).
“A rocha, perfeita é a sua atuação, pois todos os seus caminhos são justiça. Deus de fidelidade e sem injustiça; justo e reto é Ele". (Dt. 32:3, 4);
Não podemos esquecer que esse Deus de justiça e misericórdia é o mesmo que não deixa de punir aqueles que insistem em desobedecer aos seus mandamentos e violar suas leis. Ele não tolerará para sempre uma situação que envergonha o seu nome. (Sl. 74:10, 22, 23; Êx. 34:6, 7)
Só Ele discerne as inclinações do coração, os raciocínios depravados por trás dos atos injustos (Jr. 17:10).

3- Sábio de Coração
Sabedoria não é a mesma coisa que conhecimento. Os computadores podem armazenar grande quantidade de conhecimento, mas dificilmente alguém os consideraria máquinas sábias. Contudo, o conhecimento e a sabedoria estão relacionados (Pv. 10:14). Por exemplo, se precisasse de conselho sábio sobre um problema de saúde, consultaria alguém com pouco ou sem nenhum conhecimento de medicina? É pouco provável! De modo que o conhecimento exato é essencial para a verdadeira sabedoria.
O conhecimento de Jeová Deus é infinito. Somente Ele é eterno. (Ap. 15:3) E por todos os tempos Ele sempre soube tudo (Hb. 4:13;  Prov. 15:3). Ele examina o coração humano, nada lhe escapa (1 Crô. 28:9).
Ele é a fonte de toda a sabedoria (Sl. 139:14-16). Os humanos são apenas um exemplo da sabedoria criativa de Deus (Sl. 104:24).
O apóstolo Paulo afirma que Ele é o “único sábio” (Rm. 16:27) e nos dá a ideia de um precipício tão profundo e vasto quando fala dessa sabedoria, que não podemos sequer imaginar sua imensidão (Rm. 11:33).

4 – Deus é Amor:
O centurião romano que supervisionou a execução de Jesus ficou assombrado, tanto com a escuridão que precedeu sua morte como com o fortíssimo terremoto que se seguiu. “Certamente este era o filho de Deus”, disse ele (Mt. 27:54). É evidente que Jesus não era um homem comum. Aquele soldado havia ajudado a executar o Filho unigênito do Deus Altíssimo. Qual a intensidade do amor que o Pai sentia por seu filho? É óbvio que eles estão unidos pelo mais forte vínculo de amor que já existiu.
Não há palavras para expressar a dor que Deus sentiu com a morte de seu filho. Em João 3:16  encontramos a explicação para Ele se submeter a esses sentimentos. O amor de Deus pela humanidade foi tão grande que enviou seu amado filho, para propiciar a salvação, livrando-nos da destruição. O amor descrito nesse texto é o amor “Ágape”, mais do que apenas uma reação emocional em relação a outra pessoa. Seu alcance é maior. Ele é mais absorvente e envolve reflexão. Acima de tudo, Ágape é totalmente abnegado.
A Bíblia usa uma expressão a respeito do amor, que nunca utiliza para descrever nenhum dos outros atributos principais de nosso Deus. As Escrituras não dizem que Deus é poder, que Deus é justiça nem mesmo que Deus é sabedoria. Ele possui essas qualidades. É a fonte delas, e no que se refere a demonstra-las, ninguém se compara a Ele. Mas a respeito do quarto atributo, usa-se uma expressão que dá o que pensar: “Deus é Amor” (1 João 4:8). O amor está na própria essência ou natureza de Deus. De modo geral, podemos entender a questão da seguinte maneira: o poder de Jeová lhe possibilita agir; a justiça e a sabedoria guiam seus atos; mas é o amor que o motiva a agir. E, quando usa seus outros atributos, Ele  sempre inclui o amor. É Deus a própria personificação do amor.

Nada Pode nos Separar do Amor de Deus – Talvez o esfriamento geral do amor leve você a pensar  que é impossível Deus se importar com você como pessoa. Ou até mesmo alguns maus exemplos humanos lhe causem dúvidas a respeito do amor de Deus como pai. O que mais satanás deseja é fazer-nos acreditar que Jeová Deus não nos ama nem nos dá valor. Nos últimos tempos, muitas pessoas vítimas de maus tratos, racismo ou ódio estão sendo convencidas de que não valem nada e de que não merecem ser amadas. Mas o Senhor nos considera preciosos (Mt. 10:29-31).
Naqueles dias, os pardais eram as aves vendidas, muitas vezes para alimento, de menor valor. Imagine você que o Senhor tem o poder de observar tais acontecimentos, e no versículo seguinte confirma que até mesmo os cabelos de nossa cabeça são contados. Para Deus, você vale mais do que os pardais (Vers. 31).
O apóstolo Paulo, após ter o encontro com o Mestre que marcou sua vida, passou a ter  intimidade com Deus a ponto de escrever: “Quem nos separará do amor de Cristo? [...] mas em todas as coisas somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou” (Rm. 8:35-37). E afirmou que nem a morte, demônios ou qualquer adversidade seria capaz de nos separar deste amor (Rm. 8:38, 39).
Certamente, não por nós, mas por Ele que nos ama incondicionalmente.
Todo o ministro de louvor deve enriquecer seus conhecimentos à respeito deste amor e do próprio Deus.


Agora que você já sabe quais são as qualidades marcantes na personalidade do Pai, vamos trabalhar um pouco?

Exercício: Levando em consideração o que você aprendeu, escreva sua gratidão, declaração de amor e fé,  ou intimidade com Deus. Logo após, transforme essas palavras em louvor espontâneo.

Prª. Rose Moreira