A Importância do Namoro e Noivado Cristãos


O namoro deve ser considerado como um período importante, belo, e pelo seu contexto é um momento especial em nossa vida. Nele desfrutamos do convívio alegre e romântico, sem os compromissos, exigências e responsabilidades tanto do noivado como do casamento.
É certo que à medida que o nosso compromisso aumenta, as responsabilidades, os privilégios e as bênçãos aumentam também. Deus quer que a nossa experiência de namoro seja boa, forte, proveitosa, edificante e de amadurecimento para o futuro, que Ele nos tem preparado.
Para desfrutar do melhor de Deus em nosso namoro cristão, precisamos ter princípios cristãos, ter orientação e ter preparo para esta fase tão boa da vida.
É na Palavra de Deus que encontramos os princípios de vida e também de conduta para toda a nossa vida, portanto para o namoro também. É com base na Palavra que os princípios e orientações devem ser dados aos jovens, por aqueles que têm responsabilidade espiritual sobre suas almas. Quanto ao preparo, é necessário que o jovem tenha competência para assumir o namoro e o desenvolvimento do mesmo, tanto espiritual, como emocional, familiar, social, financeiro, etc. Neste sentido, é extremamente necessária a orientação cristã, bíblica, franca e honesta acerca de sexualidade, namoro, noivado e preparo para o casamento por parte da Igreja, de forma sistemática e contínua.
Esta orientação se faz necessária cada vez mais cedo, pois nossas crianças estão aceleradamente recebendo informações e sendo influenciadas pelo meio e pela mídia, o que lhes amadurece prematuramente, e deve nos fazer agir rápido.
Da mesma forma que a igreja deve ter ouvidos para ouvir, o líder espiritual deve ter olhos para observar, avaliar, planejar e agir. A família atendida, saudável e forte, fará da igreja uma igreja saudável e forte.
O tipo de namoro que os jovens desenvolvem é muito importante, porque o lar cristão será edificado sobre a estrutura deste namoro. É no namoro que se lança o alicerce para o casamento. E este alicerce será estabelecido para os conscientes, quanto para os inconsequentes.
O namoro traz a qualidade determinante do futuro casamento, portanto, as atitudes e  decisões tomadas quanto ao modo de proceder no namoro, ou seja, cristã ou mundana, espiritual ou carnal,  romântica ou lasciva, etc., levará o casal à honra ou à desonra; tanto uma como outra selarão seus destinos espirituais, emocionais e físicos.
Namoro é um tempo de semeadura para o futuro. Muitos dos conflitos e dificuldades encontrados ou revelados no casamento têm suas raízes num namoro desestruturado, disfuncional e sem Deus de fato. Daí tão grande importância de orientação e acompanhamento.
O namoro a três é sempre o recomendável para o jovem cristão. Como assim? O casal namorar tendo o Senhor diante deles e entre eles. O casal cristão pode e deve ter no seu relacionamento de namoro, momentos para demonstrar seu afeto e ternura, mas principalmente para desenvolver sua vida espiritual juntos.
O casal de namorados e noivos cristãos pode gozar dos privilégios de cultivar a presença de Deus e adorá-lo juntos; buscar suas bênçãos em oração; interceder um pelo outro; oferecer apoio espiritual e emocional mútuos; ministrar a Palavra e transmitir o conselho do Senhor ao outro; além da necessária condição de boa comunicação, podendo, sem receio, manifestar ideias, pensamentos e juízos. É um tempo de treinamento para compreender e ser abençoador. No desenvolvimento da base espiritual do seu relacionamento, os dois devem buscar servir a Jesus juntos, descobrindo seus dons, vocações e ministério, comuns ou pessoais.
É um tempo de descobrimento e conhecimento, espiritual e pessoal. Este tempo não pode ser desprezado nem negligenciado, pois é básico para um lar cristão saudável. Um casal que leva Deus a sério jamais o deixa fora de seu namoro, noivado e casamento, antes, Ele é bem-vindo e reconhecido como a pessoa mais importante e absolutamente necessária.
Estes bons hábitos mencionados acima, devem ser cultivados deste o começo do relacionamento, pois se o casal não tiver esta prática, os maus hábitos que geram a divisão e separação espiritual começarão tênues e se sedimentarão com o tempo, portanto, um casal de namorados que não prioriza Deus, geralmente não o farão, nem no noivado, nem no casamento.
O inimigo faz com que o casal carnal fique concentrado em si mesmo, nos seus sentimentos, nos seus desejos físicos, negligenciando a Deus e à Palavra, para não desenvolverem bem a vida espiritual e a comunicação. Este casal está fraquejando, e se não mudarem o rumo do seu namoro, formarão uma família fraca e com possibilidades de continuar sendo presa de Satanás.
Quando o casal de namorados se deixa envolver, a maior parte do tempo, pela paixão, não se conhecerá o suficiente para poder avaliar um ao outro. A comunicação é superficial. Provavelmente casarão com uma imagem do(a) companheiro(a), e não com a pessoa real. Neste caso a possibilidade de frustração é muito maior.
Mas se resolverem mudar de atitude, tanto na condição espiritual, como na comunicação entre si, o poder de Deus atuará. Este poder aliado ao propósito e disciplina do casal, o levará à mudança dos ares espirituais que os envolvem e do relacionamento em si, trarão o Senhor para o centro de suas vidas e do seu relacionamento.
O casal que quer mudar travará uma batalha espiritual para isto,haverá tentativas para levá-los aos mesmos vícios de comportamentos anteriores, mas se estiverem sujeitos ao Senhor, resistindo ao inimigo (Tg. 4:7), o Senhor lhes tem garantido a vitória.
As armas espirituais que Deus coloca à disposição do casal temente, são muito grandes. Uma delas é a concordância entre os dois em oração (Mat. 18:18-20), Jesus ensinou que haverá concordância no céu e a vitória será ganha!
Você já percebeu quantos casais de namorados, noivos e cônjuges cristãos não conseguem orar juntos e nem ter comunhão espiritual verdadeira? A porta disto está lá nas fraquezas do caráter pessoal e na má qualidade de seu namoro. É um laço, no qual eles têm-se deixado enlaçar. Uma fortaleza espiritual se criou na vida destes casais, e eles precisam de ajuda pastoral para sua libertação. O pastor que os assistir, precisará se comprometer com eles em oração e deverá levá-los a orar e jejuar por esta benção. Através da oração, do jejum e do aconselhamento pastoral, com base em tarefas, eles começarão a desenvolver a vida espiritual como casal, e romperão os laços que os prendiam.
Nossos jovens precisam ser alertados e bem preparados para namorar, para que esta experiência lhes seja benéfica, construtiva e espiritual. Não podemos deixar nossos jovens à mercê de suas emoções e impulsos. Os pais não devem ficar fora de nosso objetivo de orientação, pois eles devem orientar e acompanhar seus filhos, falando a mesma linguagem do pastor. O drama e o desafio dos pais não é menor que dos jovens. Com certeza eles têm suas ansiedades, angústias, questionamentos, e dificuldade de lidar com esta questão.
Um princípio importante na relação de ajuda é dar aos jovens a oportunidade do diálogo e compreensão. Ao aconselhar tenha uma atitude sem preconceito, uma atitude humana além de espiritual. Busque ver a situação como o jovem vê. Ouça o que ele sente, observe como ele pensa, e após ouvirem e dialogarem, apresentem-lhes escolhas, apontando as consequências das mesmas.
A maior causa e perigo, que desencadeia as quedas morais nos relacionamentos de namoro e noivado dos nossos jovens cristãos, além da falta de orientação, é que os mesmos se envolvem romanticamente sem objetividade e sem o conceito de sagrado.
Quando eles perdem estas duas coisas, ou se não as tem de início, estão se expondo abertamente ao risco de cair espiritualmente e viver o namoro e noivado num plano meramente físico, humano, egoísta, culpado e conflituoso, cheio de graves erros e consequências desastrosas.
Quanto à objetividade para namorar me refiro à atitude de começar a namorar pretendendo desenvolver um relacionamento que termine em casamento, e nãos apenas o “namoro pelo namorar”, isto desagrada a Deus, porque não haverá compromisso e possibilidade de crescer em aliança. Será carne para a carne e pela carne, e os que semeiam para a carne colhem morte, mas os que se unem em espírito com o Senhor, se tornam um com Ele (I Co. 6:18). Não é importante então que o casal de namorados comece a sua unidade espiritual desde cedo, sendo um com o Senhor em todo o tempo? Que grandes bênçãos e vantagens eles terão!
Os jovens têm que saber o que querem, têm que apresentar razões para a sua decisão de namorar. Devem estar imbuídos de muito respeito, pois estarão namorando um filho ou uma filha de Deus, que é santuário de morada do Espírito Santo, e pela conduta de seu namoro não poderão profanar este templo (I Co. 6:15-20). Como já mencionei há lugar para a ternura, para o carinho, para o romance, mas não para a impureza e para a imoralidade.
É necessário ter intenções e motivações corretas para namorar. Isto é santidade. Por isto o namoro deve ter dignidade, espiritualidade e responsabilidade.
O casal não deverá iniciar o namoro sem o conhecimento, consentimento e benção dos seus pais e de seu pastor. Por todos os motivos já apresentados, o casal não deve ter um tempo muito breve e superficial de namoro e noivado, deve haver tempo para o desenvolvimento de um relacionamento forte, firme e sustentável.
Jovem, tenha isto bem claro em seu coração: no namoro uniremos nossos espíritos, razão e intelecto; no noivado uniremos nossas almas, emoções, vontade e mente; no casamento uniremos nossos corpos; será a conclusão da unidade iniciada no namoro.
Nesta questão de OBJETIVIDADE, o apóstolo Paulo nos adverte sobre a atitude que devemos ter para conquistarmos alguém e desenvolvermos nosso relacionamento com esta pessoa (I Tess. 4:1-8). Paulo fala em “possuir seu vaso”, ou seja, encontrar e conquistar alguém para ser cônjuge e não simplesmente “namorados”. Paulo declara a vontade de Deus - “a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição”. Paulo fala também das carícias íntimas excessivas – “ninguém defraude a seu irmão”, ou seja, não levante desejos sexuais que não podem ser satisfeitos legitimamente. A plenitude desta satisfação deve ocorrer no casamento, com a benção de Deus, e no contexto de aliança.
Quando os jovens caem em impureza sexual no seu namoro e noivado, o fazem porque perderam a objetividade quanto ao casamento, e também perderam o conceito de sagrado no matrimônio (Hb. 13:4).
O homem se casa nas suas três dimensões – espírito, alma e corpo. Ele entra nestes terrenos sagrados à medida que o relacionamento se desenvolve, o compromisso aumenta e a união se aprofunda. Casar é entrar num terreno sagrado, espiritual, além de físico, moral e social. A família como instituição divina, é sagrada, é algo de Deus, que deve ser para Deus, pois Deus é 100% por ela. Ela é o plano de Deus para a maioria dos homens.
Estes princípios são contrários à escala de valores de vida da juventude sem Cristo que cerca nossa mocidade e é um desafio permanente para eles. Os jovens cristãos precisam de fortalecimento, de edificação, de instrução, de amor por suas almas, de compreensão no lar e na igreja, de estímulo para vencer em meio a tanta frouxidão moral e hostilidade à sua fé, e à maneira de ser, crer, pensar, falar, agir e reagir.
A Igreja não deve desenvolver um ministério apenas visando o casal casado, mas começar a tratar da família desde os tempos de juventude até chegar na família já estabelecida.
Falemos sobre o noivado. Este é um tempo de edificação, de construção dos sonhos. Nele há planejamento, execução, preparo e treinamento para o casamento. No noivado se remodelam as prioridades do casal, porém, quando se chega neste ponto do relacionamento a base do futuro lar já está lançada, quer seja boa ou má, forte ou fraca.
Você pode refletir e avaliar o que representa o namoro prematuro, o envolvimento físico pré-nupcial (sexo antes do casamento), a gravidez indesejada, a falta de competência para assumir os pecados gerados aqui, o alto e amargo preço destas decisões inconsequentes!
Quem poderá, quem quer ajudar a nossa juventude necessitada?
Que seja você um escolhido para esta importante tarefa. Há muito para a Igreja pensar, se preocupar e trabalhar, portanto seja um líder atento, interessado, presente, verdadeiramente pastor.
Vale ainda ressaltar que a direção de Deus deve ser buscada, em oração, para se começar a namorar, e enquanto o casal ora, por um breve período de tempo, é recomendável que não se distanciem, mas tenham um tempo de amizade especial, onde possam sair juntos, conversar bastante, descobrir suas afinidades e a qualidade de vida espiritual de cada um. Neste tempo os sentimentos de amor, através da convivência, se acentuarão ou diminuirão. Não sejam precipitados para decidir, nem para se envolver romanticamente.

Lembro que a vontade de Deus estará em conformidade com a Sua Palavra, ou seja, “não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (II Cor.6:14). Quero dizer com isto que os princípios de Deus não são inegociáveis; obedecendo-os, você escolhe a BENÇÃO; desobedecendo-os, você abraça a MALDIÇÃO.
 A Bíblia fala sobre o jugo desigual (II Cor.6:14-18) e as dimensões do envolvimento do casal. Trata-se de um relacionamento muito íntimo, o mais íntimo que o homem pode desfrutar, portanto não se pode decidir namorar de maneira negligente e inadvertida.
Deus quer fazer parte de todas as situações de nossa vida (I Cor.10:31), e principalmente de nosso lar cristão.
A vontade de Deus tem dois aspectos, a vontade “geral” que está revelada na Sua Palavra, e a vontade “específica”, que é aquela orientação especial porque a Bíblia não nos fala diretamente.
É bem provável que Deus não vá revelar Sua vontade “específica” se você está desobedecendo Sua vontade “geral”. Você deve estar pronto a obedecer a vontade “geral” e a vontade “específica” de Deus, seja ela qual for. Sempre a vontade “específica” de Deus não é contrária a Sua Palavra, e em se tratando da vontade “específica”, Deus a revelará passo a passo. Ele o orientará a cada passo.

Algumas maneiras pelas quais Deus nos guia a descobrir a Sua vontade específica são:
1. Deus nos guia através de princípios bíblicos.
2. Deus nos guia através da oração.
3. Deus nos guia através da Sua paz em nosso coração. (Rom.14:22,23; Col.3:15).
4. Deus nos guia através das circunstâncias – Deus abre e fecha portas.
5. Deus nos guia através dos conselhos de outras pessoas – através da autoridade de nossos pais, do pastor, de um conselheiro ou um amigo.
Ter paz no coração é fundamental, e esta paz deve ser um sinal livre e desimpedido de Deus no coração do casal, que no período de amizade especial, não “ficou”, para não serem manipulados pelos seus sentimentos, e consequentemente, perderem a OBJETIVIDADE. Além de orar, fizeram uma AVALIAÇÃO para poder decidir. Mantiveram uma conduta limpa, pura e livre. Desta forma estarão em condições de ouvir a voz de Deus.
O casal deve ter segurança em Cristo para namorar, e cabe a eles discernir a resposta, porém, não devem ficar ansiosos com isto, pois Deus sabe como você poderá discernir sua voz da melhor maneira. Quero lembrar que Deus não falará por profecia, pois a profecia não é dada para este fim.

Há algumas coisas que muitos jovens desprezam e que não deveriam desprezar:
• A opinião de seus pais sobre suas decisões na área de namoro, noivado e casamento, desde que os pais estejam embasados numa resposta pessoal de Deus a eles.
• A necessidade de liberação para namorar
• A aprovação quanto à pessoa pela qual o(a) filho(a) está interessado(a)
• A aprovação do próprio namoro e noivado no seu desenvolvimento
• A aprovação do tempo adequado para o noivado e casamento.
Negligenciar estas coisas é um erro, pois os pais são o primeiro canal de autoridade sobre eles na terra, são a voz pela qual a vontade de Deus pode ser expressa para nos proteger de graves consequências.
Os pais nos conhecem, nos amam, nos protegem, querem o melhor para nós. Eles têm a responsabilidade e o compromisso de responder a Deus por nossas vidas, e de nos abençoar, portanto, não sejamos rebeldes, ouçamos o que eles nos têm a dizer. Um filho prudente e sábio não recusará consultá-los, ouvi-los, e obedecê-los. O filho tem direito a escolha, mas esta não pode ser uma escolha surda, o filho tem que ouvir seus pais, e os pais por sua vez precisam ser razoáveis em seus motivos de impedimento.
Que os pais não sejam preconceituosos, que estejam embasados numa resposta pessoal de Deus a eles.
Tanto para os filhos como para os pais: a vontade de Deus será “boa, perfeita e agradável” (Rom.12:2). Caso o jovem não concorde com a opinião ou o parecer de seus pais, deve orar a Deus para que o Senhor mude o coração de seus pais. E se eles realmente estiverem errados, ou abusando da sua autoridade, Deus mudará seus corações. Deus não é Deus de confusão e sim de paz. Deus tem o coração das autoridades em suas mãos e ele as inclina para onde quer.
Um detalhe importante é que geralmente os filhos apresentam seu par aos pais depois de já estarem namorando, este é outro erro. Os jovens devem apresentar seu(sua) pretendente a seus pais, devem levá-lo(a) à sua casa, antes de namorar. Os pais devem buscar conhecer e interagir com esta pessoa, avaliá-la, e em caso positivo devem se tornar amigos. Os pais devem e podem orar a respeito da vontade de Deus para autorizar o namoro de seus filhos, dizendo “sim” ou “não” para o casal. Os pais que assim procedem livrarão seus filhos de verdadeiros desastres.
No futuro, uma forma muito segura de discernir a aprovação de Deus quanto ao tempo certo para o noivado e para o casamento, além de ouvir a Sua voz, será a confirmação através de sinais nas circunstâncias de provisão, em resposta às orações.


Algumas respostas importantes sobre o namoro:
1. Que tipo de namoro nossos jovens devem desenvolver?
Um namoro comprometido com o padrão de Deus. O padrão de Deus não é o envolvimento físico em primeiro lugar, mas o envolvimento do espírito, ou seja, fé e intelecto. O casal desenvolve a unidade espiritual e intelectual.
2. Por que namorar?
Porque o namoro é a oportunidade de conhecer a pessoa que possivelmente Deus está colocando em sua vida para o fim de casamento.
3. Quando namorar?
Faço menção de três condições relevantes para começar a namorar:
I. Quando estiver preparado para assumir responsabilidades; tiver competência para assumir seus atos e suas consequências. É o momento? Então responda:
a) Você tem uma profissão?
b) Você tem sustento próprio e suficiente para namorar?
c) Quais são as diferenças entre vocês quanto a cultura, nível social, idade, experiência de fé, condição financeira, etc.? Como vocês lidam com estas diferenças? Que tipo de pressão elas exercem sobre vocês por parte dos outros e como vocês reagem a isto?
d) Os estudos sofrerão prejuízo com este relacionamento?
II. Para namorar também você deve ter estrutura emocional para lidar com perdas, pois o namoro é temporário, tanto pode acabar como prosseguir para o noivado. A estrutura emocional é necessária para lidar com a quebra do relacionamento, onde um dos dois pode sair prejudicado por ainda gostar da outra pessoa, e o outro, às vezes,culpado por ter rompido o namoro e não conseguir deixar o vínculo de amizade e de fraternidade resguardados. Geralmente os adolescentes não estão preparados para perder, o que causa marcas profundas em seus corações, dificultando a entrada em outro relacionamento. É necessário que se supere o trauma.
III. Quando de fato queiram namorar estejam certos de ser a vontade de Deus e tenham a aprovação de seus pais.
Uma observação importante: Os pais devem perceber quando devem consentir o namoro para não prejudicar a autoimagem de seus filhos. Se para afirmar esta imagem vocês entenderem que devem consentir, assista-os na experiência, ajude-os na avaliação e na validade do relacionamento.
4. Com quem namorar?
Com uma pessoa:
- Que seja salva;
- Por quem o seu coração teve seus sentimentos de amor despertados;
- Por quem você se sinta atraído;
- Por quem deus expresse ser a sua vontade;
- Por quem seus pais aprovarem.
5. Quem vai abençoar nossa decisão?
Seus pais e seu pastor devem abençoar o seu namoro. Eles devem orar com vocês e declarar esta benção. Quem abençoa também se compromete e se responsabiliza para dar cobertura e assistência espiritual.
6. Como lidar com os conflitos e frustrações no meu namoro?
- Dialogando;
- Descobrindo a dificuldade real no conflito;
- Avaliando o quanto você tem contribuído para esta dificuldade;
- Os dois, juntos, devem achar as melhores soluções para a resolução do problema;
- Os dois devem dar as chances necessárias para mudança e crescimento pessoal e do relacionamento;
- Devem descobrir a expectativa não satisfeita, ou os comportamentos que estão gerando a frustração. Esta frustração deve ser declarada, para ser trabalhada.
- Quem ama pensa: Como posso satisfazer as expectativas e necessidades dele(a)?
- Exerçam o perdão
7. E se eu quiser acabar o namoro, o que faço?
Se você buscou a Deus para iniciar o relacionamento deve buscá-lo para terminar. Você deve analisar e avaliar as razões que o estão levando a tal decisão, e as mesmas deverão ser comunicadas, em amor, de maneira que a comunhão espiritual entre vocês não seja quebrada.
8. O namoro acabou, o outro terminou, e eu ainda gosto dele(a), o que fazer?
- Primeiramente admitir que ainda ama ou gosta dele(a);
- Deve orar pedindo a Deus que trate seu coração, cure a mágoa e o sentimento de rejeição;
- Declare estes sentimentos ao Senhor e os entregue a Ele;
- Em oração declare que você desfaz os laços de alma que tinha com esta pessoa;
- Peça a Deus que no Seu tempo, Ele desprenda o seu coração deste sentimento.
Saiba que enquanto Deus permitir que você ainda goste desta pessoa, Ele irá trazer a você, amadurecimento e crescimento espiritual, aceite isto, caminhe com Deus neste tempo, faça dEle seu amigo e confidente. Abrindo a ferida, Ele cura.
Tenha um irmão(ã) em Cristo de confiança para poder ouvi-lo(a) e orar com você. Que seja alguém que possa lhe apoiar e corrigir quando necessário.
9. Quando noivar? É importante?
Há casais que desprezam o noivado, e a cerimônia de noivado. Eles queimam as etapas familiar, moral, espiritual e psicológica existentes neste período.
É muito importante passar por este compromisso mais profundo e temporário, recebendo honra e benção de seus pais e do pastor.
O noivado é uma fase importante de planejamento e de buscar concretização dos ideais e sonhos para o futuro lar e para a própria cerimônia em si. É um tempo de maior comunicação e especialmente de treinamento para o casamento, porque ambos estarão unindo suas almas – mente, emoções e vontade – de uma forma real.
O casal deve noivar quando tiver a certeza de que querem este compromisso mais profundo, querem se organizar e preparar-se para o casamento.
O tempo de namoro deve ter contribuído para trazê-los até aqui, nãodevem noivar por pressão externa, mas principalmente após fazer a avaliação real do outro, sentindo que valerá a pena entregar sua vida, seu futuro e seus sentimentos nas mãos do outro, e assim passar, os anos futuros e a velhice, juntos. Devemos buscar o consentimento de Deus e de seus pais e devem ter as condições financeiras necessárias para este empreendimento.
Recomendo que o tempo de noivado seja, no mínimo, de seis meses, e no máximo, de um ano e meio. Ao noivar, deve-se marcar a data do casamento e comunicá-la aos pais de preferência no dia do noivado. A data é o alvo a ser conquistado, a meta, o desafio de trabalho e de oração dos dois.
Quando Deus é buscado para este tempo, Ele também se compromete e é desafiado da mesma maneira. Deus, com todo o seu amor e graça, terá prazer em abençoar os noivos. Marque a data e prepare-se para Deus surpreendê-los. Sem data marcada nada acontece.
O casal deve incluir em seu plano o Curso de Noivos. Este curso garante ao casal maior segurança para lidar com a nova vida e deve trabalhar as áreas de maior conflito no casamento. Se sua igreja não tiver Curso de Noivos procure informações a respeito em uma igreja evangélica.
10. E se nós pecarmos e cairmos sexualmente, o que fazer?
Este tem sido um problema crescente ao longo do tempo. Na década de 50, 20% dos jovens cristãos casavam-se tendo envolvimento sexual pré-nupcial. Atualmente este índice sobe aos 80%, ou mais. É uma realidade muito preocupante e desafiadora, pois os jovens não têm ideia das sementes ruins que estão lançando para o seu futuro. Se a Palavra adverte para “fugir” da prostituição é porque Deus sabe o que poderá vir no futuro, e no que poderá se transformar o relacionamento. Raízes de amargura e desconfiança brotarão no lugar do “prazer”; desrespeito, quebra da comunhão espiritual; ela se tornará autoritária e ele passivo, etc.
Porém, se vocês caíram, Deus pode levantá-los. Tome os seguintes passos:
- Confessem a Deus o seu pecado e peçam que o sangue de Jesus os purifique;
- Peçam perdão um ao outro por terem usado o corpo do outro fora da benção e em maldição;
- Orem tomando autoridade contra os demônios que ganharam legalidade na vida de vocês e os comande para sair e não voltar mais;
- Confessem o que ocorreu aos pais, vocês pecaram contra eles, traíram a sua confiança, os desonraram;
- Confessem o que ocorreu ao pastor. O pastor não pode abençoar uma aliança suja, abençoar o pecado, por isso, tratem do problema com ele. O pastor e a igreja também foram desonrados.
- Se for necessário, aceitem a disciplina que porventura venham receber;
- Andem corretamente diante do Senhor e preparem o casamento o mais rápido possível.
11. E se eu me interessar por uma pessoa divorciada, ou mesmo se alguém divorciado se interessar por mim, o que devo fazer?
Há questões que devem ser analisadas por você e pelo seu pastor:
a. Esta pessoa é salva?
b. Ele(a) aceitou a Cristo antes ou depois do divórcio?
c. Qual foi o motivo do divórcio?
d. Quem foi a vítima da situação?
e. Como você pretende lidar com a 1ª família que ele(a) já constituiu?
Cada pastor deve analisar cada caso para deferir o namoro e o casamento. No meio evangélico há posições que vão desde as mais radicais até as absurdamente liberais, cabe a cada pastor estudar o assunto de “divórcio e novo casamento” para terem um posicionamento pessoal à luz da Palavra de Deus. Leve em consideração como a sua denominação tratado assunto.
O casamento é instituição divina, o divórcio é instituição humana. O casamento é a vontade absoluta de Deus, o divórcio é Sua vontade permissiva.
A Bíblia declara que Deus odeia o divórcio, não o divorciado. Jesus fala claramente sobre o motivo legítimo para o divórcio – adultério (Mt.19:9). Incompatibilidade, falta de amor, etc., não são motivos suficientes para o fim do casamento. Todas estas coisas são tratáveis, e um casal só pode decidir pelo fim do seu casamento, depois de terem esgotado todas as alternativas possíveis de recuperação.

Estas são algumas das várias perguntas que merecem esclarecimento. Deixem os jovens falar, perguntar, busquem as respostas necessárias e satisfatórias.
As repostas acima têm a pretensão de demonstrar que nossos jovens precisam pensar objetivamente, com a devida seriedade sobre seu futuro pessoal. Eles devem procurar ser sábios no lidar com as suas emoções e impulsos sexuais. Que eles possam desenvolver uma vida de honra com destinos abençoados e felizes.
A orientação e o acompanhamento dos nossos jovens diminuirão consideravelmente as dificuldades a serem enfrentadas nos primeiros tempos de casados, e os ajudarão a desfrutar de um casamento bem sucedido, conduzido pela Palavra de Deus.