O namoro deve
ser considerado como um período importante, belo, e pelo seu contexto é um
momento especial em nossa vida. Nele desfrutamos do convívio alegre e
romântico, sem os compromissos, exigências e responsabilidades tanto do noivado
como do casamento.
É certo que à
medida que o nosso compromisso aumenta, as responsabilidades, os privilégios e
as bênçãos aumentam também. Deus quer que a nossa experiência de namoro seja
boa, forte, proveitosa, edificante e de amadurecimento para o futuro, que Ele
nos tem preparado.
Para desfrutar
do melhor de Deus em nosso namoro cristão, precisamos ter princípios cristãos,
ter orientação e ter preparo para esta fase tão boa da vida.
É na Palavra de
Deus que encontramos os princípios de vida e também de conduta para toda a
nossa vida, portanto para o namoro também. É com base na Palavra que os
princípios e orientações devem ser dados aos jovens, por aqueles que têm
responsabilidade espiritual sobre suas almas. Quanto ao preparo, é necessário
que o jovem tenha competência para assumir o namoro e o desenvolvimento do
mesmo, tanto espiritual, como emocional, familiar, social, financeiro, etc.
Neste sentido, é extremamente necessária a orientação cristã, bíblica, franca e
honesta acerca de sexualidade, namoro, noivado e preparo para o casamento por
parte da Igreja, de forma sistemática e contínua.
Esta orientação
se faz necessária cada vez mais cedo, pois nossas crianças estão aceleradamente
recebendo informações e sendo influenciadas pelo meio e pela mídia, o que lhes
amadurece prematuramente, e deve nos fazer agir rápido.
Da mesma forma
que a igreja deve ter ouvidos para ouvir, o líder espiritual deve ter olhos
para observar, avaliar, planejar e agir. A família atendida, saudável e forte,
fará da igreja uma igreja saudável e forte.
O tipo de
namoro que os jovens desenvolvem é muito importante, porque o lar cristão será
edificado sobre a estrutura deste namoro. É no namoro que se lança o alicerce
para o casamento. E este alicerce será estabelecido para os conscientes, quanto
para os inconsequentes.
O namoro traz a
qualidade determinante do futuro casamento, portanto, as atitudes e decisões tomadas quanto ao modo de proceder no
namoro, ou seja, cristã ou mundana, espiritual ou carnal, romântica ou lasciva, etc., levará o casal à
honra ou à desonra; tanto uma como outra selarão seus destinos espirituais,
emocionais e físicos.
Namoro é um
tempo de semeadura para o futuro. Muitos dos conflitos e dificuldades
encontrados ou revelados no casamento têm suas raízes num namoro
desestruturado, disfuncional e sem Deus de fato. Daí tão grande importância de
orientação e acompanhamento.
O namoro a três é sempre o recomendável
para o jovem cristão. Como assim? O casal namorar tendo o Senhor diante deles e
entre eles. O casal cristão pode e deve ter no seu relacionamento de namoro,
momentos para demonstrar seu afeto e ternura, mas principalmente para
desenvolver sua vida espiritual juntos.
O casal de
namorados e noivos cristãos pode gozar dos privilégios de cultivar a presença
de Deus e adorá-lo juntos; buscar suas bênçãos em oração; interceder um pelo
outro; oferecer apoio espiritual e emocional mútuos; ministrar a Palavra e
transmitir o conselho do Senhor ao outro; além da necessária condição de boa comunicação,
podendo, sem receio, manifestar ideias, pensamentos e juízos. É um tempo de
treinamento para compreender e ser abençoador. No desenvolvimento da base
espiritual do seu relacionamento, os dois devem buscar servir a Jesus juntos,
descobrindo seus dons, vocações e ministério, comuns ou pessoais.
É um tempo de
descobrimento e conhecimento, espiritual e pessoal. Este tempo não pode ser
desprezado nem negligenciado, pois é básico para um lar cristão saudável. Um
casal que leva Deus a sério jamais o deixa fora de seu namoro, noivado e
casamento, antes, Ele é bem-vindo e reconhecido como a pessoa mais importante e
absolutamente necessária.
Estes bons
hábitos mencionados acima, devem ser cultivados deste o começo do
relacionamento, pois se o casal não tiver esta prática, os maus hábitos que
geram a divisão e separação espiritual começarão tênues e se sedimentarão com o
tempo, portanto, um casal de namorados que não prioriza Deus, geralmente não o
farão, nem no noivado, nem no casamento.
O inimigo faz
com que o casal carnal fique concentrado em si mesmo, nos seus sentimentos, nos
seus desejos físicos, negligenciando a Deus e à Palavra, para não desenvolverem
bem a vida espiritual e a comunicação. Este casal está fraquejando, e se não
mudarem o rumo do seu namoro, formarão uma família fraca e com possibilidades
de continuar sendo presa de Satanás.
Quando o casal
de namorados se deixa envolver, a maior parte do tempo, pela paixão, não se
conhecerá o suficiente para poder avaliar um ao outro. A comunicação é superficial.
Provavelmente casarão com uma imagem do(a) companheiro(a), e não com a pessoa
real. Neste caso a possibilidade de frustração é muito maior.
Mas se
resolverem mudar de atitude, tanto na condição espiritual, como na comunicação
entre si, o poder de Deus atuará. Este poder aliado ao propósito e disciplina
do casal, o levará à mudança dos ares espirituais que os envolvem e do
relacionamento em si, trarão o Senhor para o centro de suas vidas e do seu
relacionamento.
O casal que
quer mudar travará uma batalha espiritual para isto,haverá tentativas para
levá-los aos mesmos vícios de comportamentos anteriores, mas se estiverem
sujeitos ao Senhor, resistindo ao inimigo (Tg. 4:7), o Senhor lhes tem
garantido a vitória.
As armas
espirituais que Deus coloca à disposição do casal temente, são muito grandes.
Uma delas é a concordância entre os dois em oração (Mat. 18:18-20), Jesus
ensinou que haverá concordância no céu e a vitória será ganha!
Você já
percebeu quantos casais de namorados, noivos e cônjuges cristãos não conseguem
orar juntos e nem ter comunhão espiritual verdadeira? A porta disto está lá nas
fraquezas do caráter pessoal e na má qualidade de seu namoro. É um laço, no
qual eles têm-se deixado enlaçar. Uma fortaleza espiritual se criou na vida
destes casais, e eles precisam de ajuda pastoral para sua libertação. O pastor
que os assistir, precisará se comprometer com eles em oração e deverá levá-los
a orar e jejuar por esta benção. Através da oração, do jejum e do
aconselhamento pastoral, com base em tarefas, eles começarão a desenvolver a
vida espiritual como casal, e romperão os laços que os prendiam.
Nossos jovens
precisam ser alertados e bem preparados para namorar, para que esta experiência
lhes seja benéfica, construtiva e espiritual. Não podemos deixar nossos jovens
à mercê de suas emoções e impulsos. Os pais não devem ficar fora de nosso
objetivo de orientação, pois eles devem orientar e acompanhar seus filhos,
falando a mesma linguagem do pastor. O drama e o desafio dos pais não é menor
que dos jovens. Com certeza eles têm suas ansiedades, angústias,
questionamentos, e dificuldade de lidar com esta questão.
Um princípio
importante na relação de ajuda é dar aos jovens a oportunidade do diálogo e
compreensão. Ao aconselhar tenha uma atitude sem preconceito, uma atitude
humana além de espiritual. Busque ver a situação como o jovem vê. Ouça o que
ele sente, observe como ele pensa, e após ouvirem e dialogarem, apresentem-lhes
escolhas, apontando as consequências das mesmas.
A maior causa e
perigo, que desencadeia as quedas morais nos relacionamentos de namoro e
noivado dos nossos jovens cristãos, além da falta de orientação, é que os
mesmos se envolvem romanticamente sem objetividade
e sem o conceito de sagrado.
Quando eles
perdem estas duas coisas, ou se não as tem de início, estão se expondo
abertamente ao risco de cair espiritualmente e viver o namoro e noivado num
plano meramente físico, humano, egoísta, culpado e conflituoso, cheio de graves
erros e consequências desastrosas.
Quanto à
objetividade para namorar me refiro à atitude de começar a namorar pretendendo
desenvolver um relacionamento que termine em casamento, e nãos apenas o “namoro
pelo namorar”, isto desagrada a Deus, porque não haverá compromisso e
possibilidade de crescer em aliança. Será carne para a carne e pela carne, e os
que semeiam para a carne colhem morte, mas os que se unem em espírito com o
Senhor, se tornam um com Ele (I Co. 6:18). Não é importante então que o casal
de namorados comece a sua unidade espiritual desde cedo, sendo um com o Senhor
em todo o tempo? Que grandes bênçãos e vantagens eles terão!
Os jovens têm
que saber o que querem, têm que apresentar razões para a sua decisão de
namorar. Devem estar imbuídos de muito respeito, pois estarão namorando um
filho ou uma filha de Deus, que é santuário de morada do Espírito Santo, e pela
conduta de seu namoro não poderão profanar este templo (I Co. 6:15-20). Como já
mencionei há lugar para a ternura, para o carinho, para o romance, mas não para
a impureza e para a imoralidade.
É necessário
ter intenções e motivações corretas para namorar. Isto é santidade. Por isto o
namoro deve ter dignidade, espiritualidade e responsabilidade.
O casal não
deverá iniciar o namoro sem o conhecimento, consentimento e benção dos seus
pais e de seu pastor. Por todos os motivos já apresentados, o casal não deve ter
um tempo muito breve e superficial de namoro e noivado, deve haver tempo para o
desenvolvimento de um relacionamento forte, firme e sustentável.
Jovem, tenha
isto bem claro em seu coração: no namoro
uniremos nossos espíritos, razão e intelecto; no noivado uniremos nossas almas, emoções, vontade e mente; no casamento uniremos nossos corpos;
será a conclusão da unidade iniciada no namoro.
Nesta questão
de OBJETIVIDADE, o apóstolo Paulo
nos adverte sobre a atitude que devemos ter para conquistarmos alguém e desenvolvermos
nosso relacionamento com esta pessoa (I Tess. 4:1-8). Paulo fala em “possuir
seu vaso”, ou seja, encontrar e conquistar alguém para ser cônjuge e não
simplesmente “namorados”. Paulo declara a vontade de Deus - “a vossa
santificação, que vos abstenhais da prostituição”. Paulo fala também das
carícias íntimas excessivas – “ninguém defraude a seu irmão”, ou seja, não
levante desejos sexuais que não podem ser satisfeitos legitimamente. A
plenitude desta satisfação deve ocorrer no casamento, com a benção de Deus, e
no contexto de aliança.
Quando os
jovens caem em impureza sexual no seu namoro e noivado, o fazem porque perderam
a objetividade quanto ao casamento, e também perderam o conceito de sagrado no
matrimônio (Hb. 13:4).
O homem se casa
nas suas três dimensões – espírito, alma e corpo. Ele entra nestes terrenos
sagrados à medida que o relacionamento se desenvolve, o compromisso aumenta e a
união se aprofunda. Casar é entrar num terreno sagrado, espiritual, além de
físico, moral e social. A família como instituição divina, é sagrada, é algo de
Deus, que deve ser para Deus, pois Deus é 100% por ela. Ela é o plano de Deus
para a maioria dos homens.
Estes
princípios são contrários à escala de valores de vida da juventude sem Cristo
que cerca nossa mocidade e é um desafio permanente para eles. Os jovens
cristãos precisam de fortalecimento, de edificação, de instrução, de amor por
suas almas, de compreensão no lar e na igreja, de estímulo para vencer em meio
a tanta frouxidão moral e hostilidade à sua fé, e à maneira de ser, crer,
pensar, falar, agir e reagir.
A Igreja não
deve desenvolver um ministério apenas visando o casal casado, mas começar a
tratar da família desde os tempos de juventude até chegar na família já
estabelecida.
Falemos sobre o
noivado. Este é um tempo de
edificação, de construção dos sonhos. Nele há planejamento, execução, preparo e
treinamento para o casamento. No noivado se remodelam as prioridades do casal,
porém, quando se chega neste ponto do relacionamento a base do futuro lar já
está lançada, quer seja boa ou má, forte ou fraca.
Você pode
refletir e avaliar o que representa o namoro prematuro, o envolvimento físico
pré-nupcial (sexo antes do casamento), a gravidez indesejada, a falta de
competência para assumir os pecados gerados aqui, o alto e amargo preço destas
decisões inconsequentes!
Quem poderá,
quem quer ajudar a nossa juventude necessitada?
Que seja você
um escolhido para esta importante tarefa. Há muito para a Igreja pensar, se
preocupar e trabalhar, portanto seja um líder atento, interessado, presente,
verdadeiramente pastor.
Vale ainda
ressaltar que a direção de Deus deve ser buscada, em oração, para se começar a
namorar, e enquanto o casal ora, por um breve período de tempo, é recomendável
que não se distanciem, mas tenham um tempo de amizade especial, onde possam
sair juntos, conversar bastante, descobrir suas afinidades e a qualidade de
vida espiritual de cada um. Neste tempo os sentimentos de amor, através da
convivência, se acentuarão ou diminuirão. Não sejam precipitados para decidir,
nem para se envolver romanticamente.
Lembro que a
vontade de Deus estará em conformidade com a Sua Palavra, ou seja, “não vos prendais a um jugo desigual com os
infiéis” (II Cor.6:14). Quero dizer com isto que os princípios de Deus não
são inegociáveis; obedecendo-os, você escolhe a BENÇÃO; desobedecendo-os, você abraça a MALDIÇÃO.
A Bíblia fala sobre o jugo desigual (II
Cor.6:14-18) e as dimensões do envolvimento do casal. Trata-se de um
relacionamento muito íntimo, o mais íntimo que o homem pode desfrutar, portanto
não se pode decidir namorar de maneira negligente e inadvertida.
Deus quer fazer
parte de todas as situações de nossa vida (I Cor.10:31), e principalmente de
nosso lar cristão.
A vontade de
Deus tem dois aspectos, a vontade “geral” que está revelada na Sua Palavra, e a
vontade “específica”, que é aquela orientação especial porque a Bíblia não nos
fala diretamente.
É bem provável
que Deus não vá revelar Sua vontade “específica” se você está desobedecendo Sua
vontade “geral”. Você deve estar pronto a obedecer a vontade “geral” e a
vontade “específica” de Deus, seja ela qual for. Sempre a vontade “específica”
de Deus não é contrária a Sua Palavra, e em se tratando da vontade
“específica”, Deus a revelará passo a passo. Ele o orientará a cada passo.
Algumas maneiras pelas quais Deus nos guia a descobrir a Sua vontade
específica são:
1. Deus nos guia através de princípios
bíblicos.
2. Deus nos guia através da oração.
3. Deus nos guia através da Sua paz em
nosso coração. (Rom.14:22,23; Col.3:15).
4. Deus nos guia através das
circunstâncias – Deus abre e fecha portas.
5. Deus nos guia através dos conselhos
de outras pessoas – através da autoridade de nossos pais, do pastor, de um
conselheiro ou um amigo.
Ter paz no
coração é fundamental, e esta paz deve ser um sinal livre e desimpedido de Deus
no coração do casal, que no período de amizade especial, não “ficou”, para não
serem manipulados pelos seus sentimentos, e consequentemente, perderem a
OBJETIVIDADE. Além de orar, fizeram uma AVALIAÇÃO para poder decidir.
Mantiveram uma conduta limpa, pura e livre. Desta forma estarão em condições de
ouvir a voz de Deus.
O casal deve
ter segurança em Cristo para namorar, e cabe a eles discernir a resposta,
porém, não devem ficar ansiosos com isto, pois Deus sabe como você poderá
discernir sua voz da melhor maneira. Quero lembrar que Deus não falará por
profecia, pois a profecia não é dada para este fim.
Há algumas coisas que
muitos jovens desprezam e que não deveriam desprezar:
• A opinião de
seus pais sobre suas decisões na área de namoro, noivado e casamento, desde que
os pais estejam embasados numa resposta pessoal de Deus a eles.
• A necessidade de liberação para
namorar
• A aprovação quanto à pessoa
pela qual o(a) filho(a) está interessado(a)
• A aprovação do próprio namoro e
noivado no seu desenvolvimento
• A aprovação do tempo adequado
para o noivado e casamento.
Negligenciar
estas coisas é um erro, pois os pais são o primeiro canal de autoridade sobre
eles na terra, são a voz pela qual a vontade de Deus pode ser expressa para nos
proteger de graves consequências.
Os pais nos
conhecem, nos amam, nos protegem, querem o melhor para nós. Eles têm a
responsabilidade e o compromisso de responder a Deus por nossas vidas, e de nos
abençoar, portanto, não sejamos rebeldes, ouçamos o que eles nos têm a dizer.
Um filho prudente e sábio não recusará consultá-los, ouvi-los, e obedecê-los. O
filho tem direito a escolha, mas esta não pode ser uma escolha surda, o filho tem que ouvir seus pais,
e os pais por sua vez precisam ser razoáveis em seus motivos de impedimento.
Que os pais não
sejam preconceituosos, que estejam embasados numa resposta pessoal de Deus a
eles.
Tanto para os
filhos como para os pais: a vontade de Deus será “boa, perfeita e agradável” (Rom.12:2). Caso o jovem não concorde
com a opinião ou o parecer de seus pais, deve orar a Deus para que o Senhor
mude o coração de seus pais. E se eles realmente estiverem errados, ou abusando
da sua autoridade, Deus mudará seus corações. Deus não é Deus de confusão e sim
de paz. Deus tem o coração das autoridades em suas mãos e ele as inclina para
onde quer.
Um detalhe
importante é que geralmente os filhos apresentam seu par aos pais depois de já
estarem namorando, este é outro erro. Os jovens devem apresentar seu(sua)
pretendente a seus pais, devem levá-lo(a) à sua casa, antes de namorar. Os pais
devem buscar conhecer e interagir com esta pessoa, avaliá-la, e em caso
positivo devem se tornar amigos. Os pais devem e podem orar a respeito da
vontade de Deus para autorizar o namoro de seus filhos, dizendo “sim” ou “não”
para o casal. Os pais que assim procedem livrarão seus filhos de verdadeiros
desastres.
No futuro, uma
forma muito segura de discernir a aprovação de Deus quanto ao tempo certo para
o noivado e para o casamento, além de ouvir a Sua voz, será a confirmação
através de sinais nas circunstâncias de provisão, em resposta às orações.
Algumas respostas importantes sobre o namoro:
1. Que tipo de namoro nossos jovens
devem desenvolver?
Um namoro
comprometido com o padrão de Deus. O padrão de Deus não é o envolvimento físico
em primeiro lugar, mas o envolvimento do espírito, ou seja, fé e intelecto. O
casal desenvolve a unidade espiritual e intelectual.
2. Por que namorar?
Porque o
namoro é a oportunidade de conhecer a pessoa que possivelmente Deus está
colocando em sua vida para o fim de casamento.
3. Quando namorar?
Faço menção de
três condições relevantes para começar a namorar:
I. Quando estiver preparado para
assumir responsabilidades; tiver competência para assumir seus atos e suas consequências.
É o momento? Então responda:
a) Você tem uma profissão?
b) Você tem sustento
próprio e suficiente para namorar?
c) Quais são as diferenças entre
vocês quanto a cultura, nível social, idade, experiência de fé, condição
financeira, etc.? Como vocês lidam com estas diferenças? Que tipo de pressão
elas exercem sobre vocês por parte dos outros e como vocês reagem a isto?
d) Os estudos sofrerão prejuízo
com este relacionamento?
II. Para namorar também você deve ter
estrutura emocional para lidar com perdas, pois o namoro é temporário, tanto
pode acabar como prosseguir para o noivado. A estrutura emocional é necessária
para lidar com a quebra do relacionamento, onde um dos dois pode sair prejudicado
por ainda gostar da outra pessoa, e o outro, às vezes,culpado por ter rompido o
namoro e não conseguir deixar o vínculo de amizade e de fraternidade
resguardados. Geralmente os adolescentes não estão preparados para perder, o
que causa marcas profundas em seus corações, dificultando a entrada em outro
relacionamento. É necessário que se supere o trauma.
III. Quando de fato queiram namorar
estejam certos de ser a vontade de Deus e tenham a aprovação de seus pais.
Uma observação
importante: Os pais devem perceber quando devem consentir o namoro para não
prejudicar a autoimagem de seus filhos. Se para afirmar esta imagem vocês
entenderem que devem consentir, assista-os na experiência, ajude-os na
avaliação e na validade do relacionamento.
4. Com quem namorar?
Com uma
pessoa:
- Que seja salva;
- Por quem o seu coração teve seus sentimentos de amor despertados;
- Por quem você se sinta atraído;
- Por quem deus expresse ser a sua vontade;
- Por quem seus pais aprovarem.
5. Quem vai abençoar nossa decisão?
Seus pais e
seu pastor devem abençoar o seu namoro. Eles devem orar com vocês e declarar
esta benção. Quem abençoa também se compromete e se responsabiliza para dar
cobertura e assistência espiritual.
6. Como lidar com os conflitos e
frustrações no meu namoro?
- Dialogando;
- Descobrindo a dificuldade real no conflito;
- Avaliando o quanto você tem contribuído para esta dificuldade;
- Os dois, juntos, devem achar as melhores soluções para a resolução do
problema;
- Os dois devem dar as chances necessárias para mudança e crescimento
pessoal e do relacionamento;
- Devem descobrir a expectativa não satisfeita, ou os comportamentos que
estão gerando a frustração. Esta frustração deve ser declarada, para ser
trabalhada.
- Quem ama pensa: Como posso satisfazer as expectativas e necessidades
dele(a)?
- Exerçam o perdão
7. E se eu quiser acabar o namoro, o
que faço?
Se você buscou
a Deus para iniciar o relacionamento deve buscá-lo para terminar. Você deve
analisar e avaliar as razões que o estão levando a tal decisão, e as mesmas
deverão ser comunicadas, em amor, de maneira que a comunhão espiritual entre
vocês não seja quebrada.
8. O namoro acabou, o outro terminou, e
eu ainda gosto dele(a), o que fazer?
- Primeiramente admitir que ainda ama ou gosta dele(a);
- Deve orar pedindo a Deus que trate seu coração, cure a mágoa e o sentimento
de rejeição;
- Declare estes sentimentos ao Senhor e os entregue a Ele;
- Em oração declare que você desfaz os laços de alma que tinha com esta
pessoa;
- Peça a Deus que no Seu tempo, Ele desprenda o seu coração deste sentimento.
Saiba que
enquanto Deus permitir que você ainda goste desta pessoa, Ele irá trazer a
você, amadurecimento e crescimento espiritual, aceite isto, caminhe com Deus
neste tempo, faça dEle seu amigo e confidente. Abrindo a ferida, Ele cura.
Tenha um
irmão(ã) em Cristo de confiança para poder ouvi-lo(a) e orar com você. Que seja
alguém que possa lhe apoiar e corrigir quando necessário.
9. Quando noivar? É importante?
Há casais que
desprezam o noivado, e a cerimônia de noivado. Eles queimam as etapas familiar,
moral, espiritual e psicológica existentes neste período.
É muito
importante passar por este compromisso mais profundo e temporário, recebendo
honra e benção de seus pais e do pastor.
O noivado é
uma fase importante de planejamento e de buscar concretização dos ideais e
sonhos para o futuro lar e para a própria cerimônia em si. É um tempo de maior
comunicação e especialmente de treinamento para o casamento, porque ambos estarão
unindo suas almas – mente, emoções e vontade – de uma forma real.
O casal deve
noivar quando tiver a certeza de que querem este compromisso mais profundo,
querem se organizar e preparar-se para o casamento.
O tempo de
namoro deve ter contribuído para trazê-los até aqui, nãodevem noivar por
pressão externa, mas principalmente após fazer a avaliação real do outro,
sentindo que valerá a pena entregar sua vida, seu futuro e seus sentimentos nas
mãos do outro, e assim passar, os anos futuros e a velhice, juntos. Devemos
buscar o consentimento de Deus e de seus pais e devem ter as condições
financeiras necessárias para este empreendimento.
Recomendo que
o tempo de noivado seja, no mínimo, de seis meses, e no máximo, de um ano e
meio. Ao noivar, deve-se marcar a data do casamento e comunicá-la aos pais de
preferência no dia do noivado. A data é o alvo a ser conquistado, a meta, o
desafio de trabalho e de oração dos dois.
Quando Deus é
buscado para este tempo, Ele também se compromete e é desafiado da mesma maneira.
Deus, com todo o seu amor e graça, terá prazer em abençoar os noivos. Marque a
data e prepare-se para Deus surpreendê-los. Sem data marcada nada acontece.
O casal deve
incluir em seu plano o Curso de Noivos. Este curso garante ao casal maior
segurança para lidar com a nova vida e deve trabalhar as áreas de maior
conflito no casamento. Se sua igreja não tiver Curso de Noivos procure
informações a respeito em uma igreja evangélica.
10. E se nós pecarmos e cairmos sexualmente, o que fazer?
Este tem sido
um problema crescente ao longo do tempo. Na década de 50, 20% dos jovens
cristãos casavam-se tendo envolvimento sexual pré-nupcial. Atualmente este
índice sobe aos 80%, ou mais. É uma realidade muito preocupante e desafiadora,
pois os jovens não têm ideia das sementes ruins que estão lançando para o seu
futuro. Se a Palavra adverte para “fugir” da prostituição é porque Deus sabe o
que poderá vir no futuro, e no que poderá se transformar o relacionamento.
Raízes de amargura e desconfiança brotarão no lugar do “prazer”; desrespeito, quebra
da comunhão espiritual; ela se tornará autoritária e ele passivo, etc.
Porém, se
vocês caíram, Deus pode levantá-los. Tome os seguintes passos:
- Confessem a Deus o seu pecado e peçam que o sangue de Jesus os
purifique;
- Peçam perdão um ao outro por terem usado o corpo do outro fora da
benção e em maldição;
- Orem tomando autoridade contra os demônios que ganharam legalidade
na vida de vocês e os comande para sair e não voltar mais;
- Confessem o que ocorreu aos pais, vocês pecaram contra eles, traíram
a sua confiança, os desonraram;
- Confessem o que ocorreu ao pastor. O pastor não pode abençoar uma aliança
suja, abençoar o pecado, por isso, tratem do problema com ele. O pastor e a
igreja também foram desonrados.
- Se for necessário, aceitem a disciplina que porventura venham receber;
- Andem corretamente diante do Senhor e preparem o casamento o mais
rápido possível.
11. E se eu me interessar por uma
pessoa divorciada, ou mesmo se alguém divorciado se interessar por mim, o que
devo fazer?
Há questões
que devem ser analisadas por você e pelo seu pastor:
a. Esta pessoa é salva?
b. Ele(a) aceitou a Cristo
antes ou depois do divórcio?
c. Qual foi o motivo do
divórcio?
d. Quem foi a vítima da
situação?
e. Como você pretende lidar
com a 1ª família que ele(a) já constituiu?
Cada pastor
deve analisar cada caso para deferir o namoro e o casamento. No meio evangélico
há posições que vão desde as mais radicais até as absurdamente liberais, cabe a
cada pastor estudar o assunto de “divórcio e novo casamento” para terem um
posicionamento pessoal à luz da Palavra de Deus. Leve em consideração como a
sua denominação tratado assunto.
O casamento é
instituição divina, o divórcio é instituição humana. O casamento é a vontade
absoluta de Deus, o divórcio é Sua vontade permissiva.
A Bíblia
declara que Deus odeia o divórcio, não o divorciado. Jesus fala claramente
sobre o motivo legítimo para o divórcio – adultério (Mt.19:9).
Incompatibilidade, falta de amor, etc., não são motivos suficientes para o fim
do casamento. Todas estas coisas são tratáveis, e um casal só pode decidir pelo
fim do seu casamento, depois de terem esgotado todas as alternativas possíveis
de recuperação.
Estas são
algumas das várias perguntas que merecem esclarecimento. Deixem os jovens
falar, perguntar, busquem as respostas necessárias e satisfatórias.
As repostas
acima têm a pretensão de demonstrar que nossos jovens precisam pensar
objetivamente, com a devida seriedade sobre seu futuro pessoal. Eles devem
procurar ser sábios no lidar com as suas emoções e impulsos sexuais. Que eles
possam desenvolver uma vida de honra com destinos abençoados e felizes.
A orientação e
o acompanhamento dos nossos jovens diminuirão consideravelmente as dificuldades
a serem enfrentadas nos primeiros tempos de casados, e os ajudarão a desfrutar
de um casamento bem sucedido, conduzido pela Palavra de Deus.