A Importância do Louvor

I - O que é Louvor?
O ato de louvar a Deus não se resume à simples entoação de um cântico. Louvor não é apenas música, mas pode-se utilizar dela em seu escopo (Sl. 33.2). O louvor não precisa ser um momento isolado do nosso dia, mas deve ser buscado com toda a intensidade da alma, do corpo e do espírito (Sl. 34.1,2).
O louvor a Deus caracteriza-se por uma exaltação sublime à Sua majestade, santidade e glória, como reconhecimento sincero e verdadeiro por Sua natureza (tudo o que Ele é, com Seus atributos naturais, absolutos e exclusivos) e Suas obras (tudo o que fez, faz e fará, com Seus atributos morais).
II - A Importância do Louvor
A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor.
O Antigo Testamento emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a Deus: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal ( da qual deriva a palavra “aleluia” que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).
O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o Mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt. 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente a louvar ao Senhor (Jz. 5.9). A disposição de Davi em louvar a Deus está gravada, tanto na história da sua vida (II Sm. 22.4), como nos Salmos que escreveu. Os demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre louvá-lo (Sl. 33.1-2). Finalmente, os profetas do AT ordenam que o povo de Deus o louve. (Is. 42.10-12; Jr. 20.13; Jl. 2.26; Hc. 33).
O chamado para louvar a Deus também ecoa por todo o NT. O próprio Jesus louvou  a seu Pai Celestial (Mt. 11.25). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Rm. 15.9-11) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg. 3.9). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap. 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).
Louvar a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (Sl. 103.20) e é privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt. 21.16), como adultos (Sl. 30.4). Além disso, Deus também conclama todas as nações a louvá-lo (Sl. 67.3-5). Isto quer dizer que tudo quanto têm fôlego está convocado a entoar em altos louvores a Deus (Sl. 150.6). E, se tanto não bastasse, Deus também conclama a natureza, inanimada a louvá-lo – como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (Sl. 148.3-4); os raios, o granizo, a neve e o vento (Sl.148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (Sl. 98.7-9); todos os tipos de árvores (Sl. 148.9; Is. 55.12) e todos os tipos de seres vivos (Sl. 69.34).
III - Métodos de louvor
Será que existe um método específico para louvar a Deus? Precisamos de alguma “fórmula” exata para louvarmos a Deus? A resposta a ambas as perguntas é NÃO! Jamais poderemos definir, através de padrões puramente humanos qual é a “melhor maneira” ou a forma “mais correta” segundo a qual (e apenas mediante a tal) devemos louvar a Deus.
Existem várias maneiras ou vários “métodos” de louvar a Deus. Vejamos alguns exemplos através de:
Música: Tanto na adoração coletiva como em outros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (Sl. 96.1-4; Ef. 5.19-20; Cl. 3.16-17). O cântico de louvor pode ser com a mente (isto é, em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito, isto é, em línguas (I Co. 14.14-16). O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro (I Cr. 15.28; Sl. 150.3; I Sm.10.5);  instrumentos de cordas (I Cr. 13.8); e instrumentos de percussão (Ex. 15.20).
 Testemunho:  Podemos, também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (Sl. 51.12-15). Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de Deus, na congregação do seu povo (Sl. 22.22-25) e entre as nações (Sl. 18.49). Pedro conclama o povo de Deus “para que anuncieis as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz”(I Pe. 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a Deus.


 Dança: A dança é um importante meio de louvor a Deus, que se utiliza das expressões corporais. Os israelitas dançavam para celebrar vitória (I Sm. 18.6),para adorar (Êx. 15.20), para festejar (Lc. 15.25).


 Pulos de Alegria: Diante da presença remidora e consoladora do nosso Deus, nós também manifestamos a Ele nosso louvor com saltos de alegria e prazer (Sl. 9.2).


 Viver para Glória de Deus:  O cristão que vive a sua vida para glória de Deus, está a louvar ao Senhor. Jesus nos relembra que quando o cristão faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas obras e glorifica e louva a Deus (Mt. 5.16). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de fruto de justiça louva a Deus (Fp. 1.11).
Estes são apenas alguns exemplos de como podemos expressar nosso louvor ao Senhor, mas estes não são os únicos meios pelos quais podemos louvar ao nosso Deus. Podemos louvá-lo através das artes plásticas, de uma peça teatral, de um poema, etc., desde de que todas essas manifestações sejam expressões genuínas do nosso amor e gratidão a Deus.
IV - Motivos para Louvar a Deus
Por que devemos louvar ao Senhor?
Podemos ter a certeza absoluta de que Deus tem TODO o merecimento, ou seja, Ele é digno de todo o louvor, exaltação e adoração. Existem, porém, duas categorias de motivos para louvarmos a Deus:


Pelo que ele é (Atributos naturais e morais de Deus):
 Onipotente
 Onisciente
 Onipresente
 Onividedente
 Imutável
 Auto-existente
 Justo
 Fiel
 Santo
Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (Sl. 96.4-6), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (Sl. 99.3).

Pelo que ele faz (as obras de Deus):
 A nossa experiência dos atos poderosos de Deus especialmente dos seus atos desalvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (Sl. 96.1-3), deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (Sl. 57.9-10).


 Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (Sl. 9.1-5)


 Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome(Sl. 68.19; Sl. 103; Sl. 147; Is. 63.7).